Marrocos envia pedido para adesão à CEDEAO
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A COMUNIDADE Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu o seu acordo de princípio ao pedido de adesão de Marrocos, segundo indica o comunicado final da cimeira de domingo que decorreu em Monróvia, na Libéria.
A análise do pedido de adesão de Marrocos ao bloco, composto por 15 países, apresentado oficialmente em Fevereiro na sequência do seu regresso ao seio da União Africana (UA), figurava entre os pontos da agenda.
Durante a cimeira, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO “concordaram, em princípio, com a adesão do reino de Marrocos, tendo em conta os laços de cooperação fortes e multidimensionais” que ligam o país aos estados-membros da organização sub-regional.
Segundo o comunicado, os líderes “encarregaram a Comissão de examinar as implicações” da adesão de Marrocos à luz dos termos do tratado da CEDEAO e de apresentar as suas conclusões na próxima cimeira.
Fonte diplomática marroquina explicou à agência noticiosa francesa AFP que a conclusão da análise política abre caminho à avaliação do ponto de vista jurídico, que deverá resultar na adesão efectiva, devendo seguir-se posteriormente uma análise técnica, que compreende negociações setor por setor.
“Houve um grande apoio: da Costa do Marfim, da Nigéria, do Senegal, da Serra Leoa, da Gâmbia, do Burkina Faso…”, sublinhou ainda o mesmo responsável.
“Seis meses depois do regresso à UA, Marrocos faz a sua entrada na CEDEAO”, congratulou-se a mesma fonte, revelando que o rei Mohammed VI foi convidado para a próxima cimeira da organização.
Mohammed VI desistiu de participar na cimeira de domingo passado devido às tensões relacionadas com o convite endereçado ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, segundo Rabat.
Marrocos manifestou, em Fevereiro, o desejo de ser “membro pleno” da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, fundada em 1975, na qual detém o estatuto de observador.